Uma breve reflexão sobre o café sem açúcar

Eu quero palavras para expressar o que sinto

Às vezes emerge a necessidade de dizer o que não sou

E meu vocabulário sentimental degenera isso de mim

Eu já cair no vazio várias vezes e é como se afogar num lago etéreo

Só que poluído como muitos rios e lagos que vemos por aí

A gente nunca sabe o que vai trazer de lá

Não vou chamar de sorte encontrar palavras leves

Muito menos culpar a vida por muitas vezes não ser o suficiente o bastante

Afinal quem sou eu nesse universo para ser tratado com diferença

Às vezes me pergunto se nossa racionalidade corrompe a nossa essência

Seria um grande paradoxo para a evolução humana

A gente nasce sendo o sonho de alguém isso quando é possível

E depois de um tempo, temos que trocar nossas roupas

Sabe aquelas roupas que vestem a nossa alma

A dos hábitos,

Do que somos…

Do que realmente gostamos entre outras coisas mais

Elas também ficam velhas e algumas vezes

É como se tivéssemos usando a de outra pessoa

E de fato isso acontece.

Porém é tão sutil e natural que por pouco não percebemos

Mas logo chega aquela voz interior que só a gente ouve

Nos pondo a prova com alguns questionamentos que parecem não ter respostas

E lá vou eu mergulhar naquele lago etéreo

Para ver se me encontro mais

E geralmente entre um café e outro pela manha

Sinto um sabor contraditório com cheiros de incertezas

Sentado numa mesa servido por minhas próprias ideias

Logo eu não ponho nem açúcar nem adoçante

Para eu tentar chegar o mais próximo

Dos reais sabores da vida.

15 comentários em “Uma breve reflexão sobre o café sem açúcar

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