
As pontas dos meus dedos farejam pensamentos
Na trilha de um peregrino em busca de novas palavras
Uma respiração profunda e uma fotografia sem molduras
Um piano velho e uma janela sem paisagem
Raízes no rosto e um sorriso fosco
Minha mão deitada sobre uma folha de papel em branco
Escreve sonhos e borda realidades das quais as visitas
Talvez ficaram sem lembranças, sem os temperos
Sem as andanças
De quem olha com os olhos
Que perdeu a curiosidade, o entusiasmo
Se entregou a rotina
As florestas sem paisagens
Papeis na calçada, arvores e cachorros
Os tons desbotados do dia e do sapato velho
Que meus dedos não se acostumaram
Quem olha para o chão não ver minhas pegadas
Muito menos os dedos machucados
Como eu gostaria da sorte
De me esbarrar por aí
Com um desses papeis voando
E nele o mapa das minhas escritas
Mas o vento sempre sopra as incertezas
E a gente como um fogo de vela
Baila pelas beiradas da vida.
Maravilhoso 😍
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Obrigado 😍 🥰
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Merece 🌼
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Terno, intenso, profundo. ❤🍀
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Obrigado Filipa pela leitura e todo o sentimento que tirou dele 🤗🎨⚘
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